Quando eu fui mudar uma das minhas C. lingua de local, quis fazer uma pequena experiência - sem muito valor científico, vale ressaltar - que creio estar comprovando agora.
O local que antes ela estava tinha uma umidade muito parecida ou quase idêntica ao que ela está agora. Nao que eu tenha algum medidor, mas pelo fato de o pote onde ela está plantada ser idêntico, bem como altura do substrato e nível dagua, entao creio que o nivel de umidade do pote hermetico se equivalam. Portanto, alem de manter o substrato identico, também mantive a umidade.
O que mudei, no entanto, foi a iluminaçao. Onde ela estava, a iluminaçao é bem forte, apesar de usar sombrite, e o canto que ela está agora, ela pega apenas iluminaçao indireta e sombra quase o dia todo.
Já coloquei aqui em posts anteriores como está a C. lingua no local mais sombreado. Retirei ela idêntica ao que estava no local mais iluminado. Agora coloco aqui como está a C. lingua do local mais iluminado:
Então, sobra apenas 2 probabilidades que limitaram o crescimento dela:
1) As Cryptocoryne(pelo menos a C. lingua) têm uma fotofobia, de maneira que não podem ser muito iluminadas. Não tenho como detectar qual o ponto de fotoinibição da planta, mas dá para notar que preferem cantos sombreados. No aquário, também notamos que elas se dão melhor quando são sombreadas por outras plantas, ou quando o aquário não é muito iluminado.
2) Que eu não descarto, pelo menos como complementar a 1a hipótese, é o fato de o local mais iluminado ser, evidentemente, mais quente do que o local sombreado. Portanto a alta temperatura típica do nordeste brasileiro fez com que ela estagnasse, e quando a coloquei em um canto com menos incidência solar (menos quente), ela pôde desenvolver-se melhor.
A 2a hipótese já li alguns textos sobre isso, inclusive com outras plantas, que todos sabemos que não toleram temperaturas muito altas. No entanto, ainda não li algo sobre a 1a hipótese que, apesar disso, acho plausível.
E vocês? Têm alguma experiência semelhante?
2 comments:
Ótima iniciativa com esse teste Rafa, mas posso afirmar a você que uma das variáveis que você achava estar constante na verdade não está. A umidade. Como você mesmo disse ela estava em um local mais quente e foi para um local mais fresco. A variação da temperatura do interior do pote (hermético), faz com que haja variação de sua umidade relativa. Mas não sei até que ponto isso é um fator relevante... Não pela umidade que não deve ter variado assim tão bruscamente, mas pela própria temperatura e iluminação.
Sabe que eu fiz a mesma coisa com minhas cryptos. Estavam em ambiente aberto e tinha iluminação solar direta por alguns momentos do dia. Não sei nem porque estou dizendo isso pois não é aconselhável! hehe
Mas as coloquei num aqua-estufa e em local sombreado. Foi o suficiente para se desenvolverem melhor.
Isso com wenditiis, parva, balansae... Entre outras...
O ideal seria variar apenas uma das variáveis em cada teste, porém isso é muito complicado no que diz respeito a luz solar direta ou não e temperatura...
Há muita coisa para se aprender sobre essas plantas tidas como chatas ou muito chatas de vez em quando... hehe Mas o dia que soubermos tudo vamos acabar com a emoção! hehe
Abração Rafa! E to gostando de ver a atualização mais constante do blog! ;-)
Eu também aposto na primeira teoria. Um amigo que tem um aquário bem iluminado nunca consegue ter cryptos, elas estagnam. em compensação, glossos e outras plantinhas delicadas vão muito bem no aquário dele.
Já no meu aquário que não recebe iluminação artificial, apenas luz solar indireta, e tem temperatura mais alta que o dele, as cryptos crescem absurdamente bem. Chegam da loja (boa iluminação) mirradas, com folhas verdes e pequenas, mas em poucos dias soltam folhas novas, avermelhadas/amarronzadas, enormes... tanto que estou pensando em substituir as outras plantas por mais cryptos. Ah, plantinhas que gostam de mais luz, como echinos, não costumam se desenvolver bem nesse aquário...
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